Desde quando a música sertaneja se popularizou, a imprensa insiste em colocar rótulos, chegando a ser as vezes de modo pejorativa. E nos últimos anos, isso se intensificou e três rótulos especificamente vem incomodando a comunidade sertaneja, que são eles: sofrência, feminejo e sertanejo universitário. E por que a comunidade é contra esses rótulos?
São termos restritivos, enquanto o movimento sertanejo é um movimento tão amplo, a gente vê esses termos sendo utilizados para restringir determinados artistas a qual estão se referindo.
No caso do sertanejo universitário, que ganhou esse rótulo a mais ou menos uns 15 anos atrás, com João Bosco e Vinicius, César Menotti e Fabiano, Jorge e Mateus, entre outros. Eles trouxeram a música sertaneja para um público mais jovem.
Após isso, veio a popularização das mulheres no cenário sertanejo e com isso veio o termo do feminejo. Esse rótulo foi dado após o sucesso de Marília Mendonça, Maiara e Maraisa, entre outras mulheres de sucesso. E esse termo dado, é como se a música sertaneja feminina fosse uma coisa e o movimento feminino fosse outra.
E depois do feminejo, a gente viu crescer o termo sofrência, começaram a falar do brega na música sertaneja.
E esses termos, como citamos acima, restringe os artistas, rotulando a cada termo dado pela imprensa. Por exemplo uma dupla feminina, vão rotular apenas como feminejo. Uma dupla como Jorge e Mateus, vão ser referidos ao sertanejo universitário. Marília Mendonça apenas como feminejo e a sofrência. Tudo isso parece ser uma necessidade para colocar rótulos naquele determinado artista, para poder diferenciar eles dos demais artistas.
Mesmo quem escuta música sertaneja dos anos 90 para trás, tem que saber que os sertanejos atuais fazem parte do mesmo movimento. A diferença é que assim como um todo, a música sertaneja vem evoluindo.