Os três erros mais comuns no gerenciamento da carreira

Os três erros mais comuns no gerenciamento da carreira

Você que é um artista, empresário, trabalha da divulgação ou gerenciamento da carreira musical, leia esse texto com atenção. Aqui, falaremos sobre os principais erros cometidos na divulgação de um projeto e no gerenciamento da carreira.

Levando em conta artistas que já tem um certo investimento e tem alguma estrutura para poder fazer o trabalho. O que esses artistas costumam fazer de errado quando tem essa estrutura em mãos? Temos aqui três exemplos de coisas que artistas, quando arrumam investidor, inventam de fazer de cara e acabam se prejudicando. Se você ainda não tem um empresário, descubra como conseguir um clicando aqui.

Os três erros mais comuns no gerenciamento da carreira

Erro de gerenciamento da carreira #1

O primeiro grande erro de qualquer artista ou empresário no gerenciamento da carreira é achar que dinheiro nasce em árvore.

Uma das grandes batalhas dos artistas e empresários, sempre é achar um investidor. Então quando um investidor aparece, muitos artistas e empresários acham que podem gastar dinheiro a vontade. Por isso se cria esse mito na música sertaneja, só é possível fazer as coisas com dinheiro, como se fosse uma enorme fortuna 10, 20 milhões.

Hoje, é necessário cada vez mais dinheiro para alavancar uma carreira. E é justamente por causa do gasto excessivo. As pessoas começaram a gastar com coisas desnecessárias e, com o passar do tempo, isso passou a se tornando uma regra. Uma coisa que não era tão necessária no começo, passou a ser. E, depois de certo tempo, isso inflacionou o mercado, aumentou o custo de tudo o que é necessário, dentro do mercado sertanejo, para fazer a carreira andar um pouco.

O mito do ônibus

O primeiro grande exemplo de gasto desnecessário é comprar um ônibus. Quando um investidor entra, o empresário e o artista já inventam de arrumar um ônibus. Às vezes  não começou nem a divulgar o trabalho, nem divulgou sua a música na internet direito e já quer comprar ou alugar um ônibus e plotar para deixar lá na porta do escritório.

O erro desse pessoal é pensar que o ônibus é uma forma de divulgação. Mas, não é. O ônibus é uma forma de transporte e é, unicamente, isso. O pessoal tem que colocar na cabeça que ônibus é para transporte e que, como qualquer coisa na carreira do artista, ele virá apenas numa determinada fase da carreira.

No começo de uma carreira, o artista está começando a trabalhar regionalmente, não está fazendo show de segunda a segunda – é muito raro os casos onde isso aconteçam, se for o seu caso, ok ter um ônibus. Mas, falando de uma forma geral, dificilmente alguém explode logo de cara.

Se é possível ir e voltar na rádio da cidade vizinha numa van e consegue fazer um show na cidade vizinha e voltar no mesmo dia de van com uma carretinha atrás com os equipamentos, fazer gasto com um ônibus é mesmo necessário?

Muitos artistas em empresários com falta de experiência em gerenciamento da carreira acham que o ônibus vai dar status. E que, quando o ônibus entrar numa cidade, as pessoas ficarão admiradas. O problema é que isso se tornou tão frequente que, às vezes, os contratantes têm isso fixo na cabeça: “Se o cara vier de ônibus vai ser melhor” e acham que o povo da cidade já vai pensar: “Nossa, o cara está de ônibus, que legal”. Só que não.

Se é possível fazer o trabalho inicial apenas de van, ele já vai economizar uma quantia de dinheiro que será útil em outras fases da carreira. Ou seja, espere para ter um ônibus, quando, realmente for necessário.

Quando o ônibus é necessário?

O ônibus é necessário quando o artista começa de fato a fazer shows em sequência, ou seja, ele sai de casa na terça ou na segunda, e volta só no domingo à noite ou só na segunda de manhã. Nesse caso, o artista estará na estrada a semana inteira e ele, realmente, precisa de um espaço para descansar.

Outro caso é quando o artista começa a fazer shows em lugares muito distantes. Fazendo shows a 600 km de distância, muitas vezes, não dá tempo pousar em hotel. Um show acaba e já tem que partir de ônibus para fazer outro show em outra cidade. Quando é assim, aí sim se faz necessário o ônibus.

É legal plotar o ônibus, mas, hoje em dia, tem artista grande que parou de plotar o ônibus e só coloca o nome dele pequenininho, porque chama muito a atenção. E há o perigo de assalto nas estradas. Então, o ônibus acaba sendo um chamariz para os assaltos.

Resumindo, quanto mais o artista economizar, melhor. O ônibus é considerado, por muitos, o símbolo do artista. Mas não necessariamente. Tudo depende do planejamento. As coisas precisam chegar na fase certa. E, quando o artista já está viajando a semana inteira, faz shows a semana inteira, aí sim o ônibus é necessário. Enquanto o artista não começar a fazer shows de fato, o ônibus não é necessário.

Não adianta pagar uma mensalidade para a empresa do ônibus, plotar, custos, salário de motorista, se não vai ser utilizado, se vai ficar de vitrine lá no posto de gasolina, na transportadora, na garagem. Então, não faça isso.

Leia: Como fazer planejamento de marketing para cantores

Erro de gerenciamento da carreira #2

Outro erro bastante comum no gerenciamento da carreira é a contratação de subcelebridades nos clipes. O artista ou empresário arruma um investidor e pensa: “Nossa, agora a gente precisa lançar essa música só que a gente tem que pôr a panicat fulana, uma dançarina do Legendários ou aquela ex-BBB, porque aí vai chamar a atenção. Elas vão postar no Youtube e vão colocar um link para o clip no Instagram, uma foto nossa e isso vai bombar nossas redes sociais”. Errado. O negócio não é apenas divulgar, não é ter os números certos para a divulgação daquele clipe.

A solução consiste em divulgar da forma correta para o seu público. Geralmente, quem faz um lançamento com essa coisa de trazer subcelebridades nos clipes, acaba gastando um dinheiro excessivo. Isso, porque tem gente que paga até R$ 30 mil de cachê para alguém participar de um clipe e R$ 30 mil é praticamente o valor do clipe inteiro. Tudo isso apenas para ter a presença dela e falar: “Fulana participou do meu clipe”.

Isso, hoje, está cada vez menor. Mas houve uma época que essa prática se tornou mais comum do que tudo. Todo mundo queria alguma panicat, ex-bbb, alguma dançarina do Faustão, qualquer sub-celebridade no clipe. Sem contexto nenhum, a pessoa apenas aparece lá, dá uma reboladinha e pronto.

É necessário planejar do jeito certo. Para que gastar com um cachê altíssimo desses profissionais se você pode investir na própria realização do clipe. Você pode contratar profissionais melhores, estrutura melhor e divulgar posterior desse clipe. Impulsionar na internet ou, em vez de contratar uma subcelebridade, pagar um editorial nas redes sociais dela. Geralmente o valor cobrado é mais em conta, você vai ter o mesmo retorno e não vai gastar tanto.

Erro de gerenciamento da carreira #3

O terceiro erro no gerenciamento da carreira é partir para regiões em que não tem condições de chegar naquele momento. Por exemplo, o investidor entrou, o artista já pensa em estourar no Nordeste e coloca um divulgador no Nordeste para trabalhar Nordeste a fora. Contudo, às vezes, ele não tem nem estrutura para atender uma rádio. Se uma rádio convidar para ir  fazer um acústico, ele vai ter que pagar as passagens da banda inteira. Isso seria um gasto desnecessário, sendo que ele não vai fazer show lá naquele momento.

Estamos falando de artistas que pensam em ter a base dele numa determinada região, mas querem trabalhar em outro estado. Não faz sentido pensar assim. O artista tem que ter noção de que é necessário planejar a coisa para crescer a partir do lugar onde ele está, onde ele escolheu como base.

Você não precisa ficar na sua cidade. O artista e empresário podem escolher mudar para uma cidade onde a música sertaneja seja mais forte. Mas eles têm que formar base ali e trabalhar a partir de ali. Então, o trabalho vai crescendo e vai tomando uma proporção maior, e, em breve, vai estar em todo estado, depois na região inteira. Então, vai ampliando para outros estados de outras regiões, até se tornar um trabalho nacional.

Vá com calma, as vezes esse trabalho chega nos outros estados naturalmente não precisa nem mandar o divulgador para lá. Se você estiver na sua cidade ou na cidade que você escolheu, o ideal é trabalhar a partir dali. Então o negócio vai crescendo até você ter condições e dinheiro com a receita de shows que você vai ter para divulgar em mais regiões, até se tornar nacional com o passar do tempo

 

Leia também: Os maiores erros na divulgação de um trabalho

Camilla Aimée Barros
Camilla Aimée Barros
Jornalista, falante e comunicadora. Encantada com o poder do marketing e em como ele pode mudar negócios e carreiras.

3 Comentários

  1. […] Todo mundo erra e que os erros são necessários para a aprendizagem. Porém, existem erros que são fatais e que podem cavar um abismo entre você e o seu sonho de ser um artista famoso. Por isso, neste artigo, vamos mostrar os maiores erros na divulgação de um trabalho para que você evite cometê-los. Não deixe de ler também Os três erros mais comuns no gerenciamento da carreira. […]

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