Vamos falar sobre Roberto Carlos, o rei que tem como uma das suas principais características o carisma. Todo mundo que trabalha com música precisa ter, no mínimo, um pouco de carisma. Roberto é campeão nisso, em toda a sua obra, em todo seu trato com o público, em todo o trato com as mulheres, nos temas que ele desenvolve, nas suas composições. É muito difícil ver um cantor que tem música para baixinha, para gordinha, para mulher mais velha. O carisma, a forma com que ele se conecta com as pessoas, mostra isso, para ele é um diferencial. Se as pessoas não enxergassem isso em Roberto Carlos, ele não seria de fato um grande sucesso.
Então, Roberto Carlos tem esse poder de carisma que, muitas vezes, afasta o artista da obra.
O Rei Roberto Carlos
Nascido na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Espírito Santo, é o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga (1896—1980) e da costureira Laura Moreira Braga (1914—2010). A família morava numa casa modesta no alto de uma ladeira no bairro do Recanto. Roberto tinha o apelido de Zunga. Aos seis anos de idade, no dia da Festa de São Pedro, padroeiro da cidade de Cachoeiro do Itapemirim, Roberto brincando sobre a linha férrea sofreu fratura em sua perna direita, socorrido por um agente de viagens da Cruzeiro do Sul, levado ao Rio de Janeiro, teve que amputar a perna até pouco abaixo do joelho. Até hoje, ele usa uma prótese. Ainda criança, aprendeu a tocar violão e piano, a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório Musical de Cachoeiro de Itapemirim.
Apesar de seu sonho de infância de ser arquiteto, caminhoneiro, aviador ou médico, dedicou-se à música. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música country em português. Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio Cachoeiro, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero “Amor y más amor”. Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O cantor gravou anos depois o momento, relatado na obra “Roberto Carlos em Detalhes”, de Paulo Cesar de Araújo: “Eu estava muito nervoso, mas muito contente de cantar na rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo.” Tornou-se então presença assídua do programa, todos os domingos acreditando no seu sonho de cantar.
Carreira
Em 1957, começou a carreira apresentando-se em bailes e programas de TV com o conjunto The Sputniks. Em 1958, formou com Erasmo Carlos, Edson Trindade e Arlênio Gomes o conjunto The Snakes.
A carreira solo foi iniciada no mesmo ano como “crooner” da boate do Hotel Plaza, em Copacabana, cantando samba-canção e bossa nova. No ano seguinte, por intermédio de Carlos Imperial, começou a se apresentar no programa do Chacrinha. Com uma carta de apresentação de ambos, gravou pela Polydor seu primeiro disco, “João e Maria/Fora do tom”, um 78 rpm de estilo bossa nova e composições de Carlos Imperial que não teve repercussão alguma. Ainda assessorado por Carlos Imperial, gravou seu segundo disco em 1960, com as músicas “Brotinho sem juízo” e “Canção do amor nenhum”, ambas de Imperial. No ano seguinte gravou seu primeiro LP, também não obtendo êxito.
Em 1963, fez sucesso com o 78 rpm “Splish splash/Parei na contramão”, esta última inaugurando a parceria com Erasmo, uma das mais profícuas e rentáveis da música brasileira. Nesse mesmo ano, viajou com frequência para São Paulo para se apresentar no programa da TV Record “Astros do Disco”. No ano seguinte, começaram a se intensificar as apresentações em programas de rádio e televisão, tornando seu nome conhecido nacionalmente. Ainda em 1964, lançou o LP “É proibido fumar”, com os sucessos “O calhambeque”, versão de Erasmo Carlos para “Road hog” e a faixa título.
O ano de 1965 foi o da consagração nacional definitiva. A TV Record decidiu lançar um programa dominical direcionado à juventude cujo comando foi entregue a ele. O programa
“Jovem Guarda” foi ao ar durante quatro anos, tornando-se uma das maiores audiências da televisão brasileira de todos os tempos. Ao lado do “Tremendão” Erasmo Carlos e da “Ternurinha” Wanderléia, recebia convidados que ali se apresentavam. No mesmo ano, lançou o LP “Roberto Carlos canta para a juventude”, que incluía os sucessos “História de um homem mau”, “Os sete cabeludos”, “Eu sou fã do monoquini” e “Não quero ver você triste”, todas em parceria com Erasmo Carlos. Com o sucesso do programa, ainda no final do ano, gravou outro disco, “Jovem Guarda”, que continha “Quero que vá tudo pro inferno”, de sua autoria com Erasmo Carlos, um dos hinos do movimento, que provocou polêmica por usar a palavra inferno numa canção. O disco trazia ainda sucessos como “Lobo mau”, “O feio”, de Getúlio Côrtes e “Não é papo pra mim”, outra parceria com Erasmo Carlos. O trio lançou uma linha de roupas e adereços que se tornou moda entre os jovens. Também as gírias e o estilo de vida foram popularizados. Expressões como “é uma brasa, mora”, “bicho” e “carango” foram incorporados à linguagem da juventude brasileira. Nesse mesmo ano, foi lançado o disco “Roberto Carlos”, com outra série de sucessos, como “Eu te darei o céu”, parceria com Erasmo Carlos, “Nossa canção”, de Luiz Airão, “Querem acabar comigo”, de sua autoria, “Esqueça”, versão de Roberto Corte Real, “Negro gato”, de Getúlio Côrtes e “Namoradinha de um amigo meu”, também de sua autoria. Apresentou ainda na TV Record os programas “Roberto Carlos à noite”, “Opus 7”, “Jovem Guarda em alta tensão” e “Todos os jovens do mundo”, que tiveram efêmera duração.
Em 1967, começou a fazer shows no exterior, apresentando-se no Festival de Midem, em Cannes, na França, e lançou “Roberto Carlos em ritmo de aventura”, com os sucessos “Eu sou terrível”, com Erasmo Carlos, “Como é grande o meu amor por você” e “Por isso eu corro demais”, de sua autoria, entre outros. O nome do LP foi também o do filme que, no ano seguinte, bateu todos os recordes de bilheteria do cinema nacional. Produzido e dirigido por Roberto Faria, contou ainda no elenco com José Lewgoy e Reginaldo Farias.
Carreira internacional
Consagrado definitivamente no Brasil, buscou dar maior impulso a sua carreira internacional. Ainda em 1968, venceu o tradicional Festival de San Remo, com a canção “Canzone per te”, de Sérgio Endrigo e Bardotti. Foi o primeiro artista estrangeiro a conseguir tal façanha. Com a vida profissional cada vez mais atribulada, deixou o programa “Jovem Guarda” para dedicar-se exclusivamente a apresentações e gravações. Nesse ano, casou-se com Cleonice Rossi, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra. Ainda em 1968, lançou o LP “O inimitável”, que trazia sucessos como “E não vou deixar você tão só”, de Antônio Marcos e “É meu, é meu, é meu” e “As canções que você fez pra mim”, ambas em parceria com Erasmo Carlos.
O ano seguinte foi marcado pela mudança de seu estilo. No disco “Roberto Carlos”, em vez dos temas juvenis típicos da Jovem Guarda, observa-se um acentuado e tradicional tom romântico. Os destaques do disco foram “As curvas da estrada de Santos”, “Sua estupidez” e “As flores do jardim da nossa casa”, todas em parceria com Erasmo Carlos. Ainda em 1969, foi lançado seu segundo filme com Roberto Farias, “Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa”, que, como o anterior, fez enorme sucesso de bilheteria. Em dezembro nasceu o seu primeiro filho: Roberto Carlos Braga Segundo. A partir da década de 1970, consolidou seu prestígio como intérprete romântico no Brasil e no exterior, fazendo sucesso nos EUA, Europa e América Latina.
O Especial fim de Ano
Em 1974, gravou um especial de fim de ano para a Rede Globo, exibido em 24 de dezembro. A repercussão e o enorme índice de audiência fizeram do programa, a partir desse instante, uma espécie de tradição do natal brasileiro, sendo levado ao ar nos anos seguintes. Em 1975, obteve sucesso com “Além do horizonte”, parceria com Erasmo Carlos. No ano seguinte, obteve novo êxito com “Ilegal, imoral ou engorda” e “Os seus botões”, ambas com Erasmo Carlos, que saíram em LP gravado nos estúdios da CBS em Nova York. Em 1977, gravou “Muito romântico”, de Caetano Veloso e “Cavalgada”, parceria com Erasmo Carlos e novamente ocupou os primeiros lugares nas paradas de sucesso. Vendendo mais de 1 milhão de cópias por ano, recordista no país, bateu também todos os recordes para uma temporada artística no Brasil. Seu show de 1978 correu o país por seis meses com casas previamente lotadas e público estimado em mais de 250.000 pessoas. Dessa época, são até hoje conhecidas “Café da manhã”, com Erasmo Carlos, “Força estranha”, de Caetano Veloso e “Lady Laura”, esta última dedicada à sua mãe. O disco vendeu 1 milhão e 500 mil cópias.
Visita ao Papa
Em 1979, quando foi ao México, fez uma ilustre visita ao papa João Paulo II, foi saudado por um coro de crianças que cantava “Amigo”, parceria de Roberto com Erasmo. O acontecimento foi transmitido ao vivo para bilhões de pessoas no mundo. No mesmo ano, fez a campanha da ONU em prol do Ano Internacional da Criança, Globo.
Recordes na carreira
Em 1984, bateu mais um recorde ao ter a música “Caminhoneiro” executada mais de 3 mil vezes em um único dia. No ano seguinte, bateu o próprio recorde com “Verde e amarelo”, tocada 3,5 mil vezes. Nos EUA, ganhou, em 1988, o Grammy de melhor cantor latino-americano e, no ano seguinte, chegou ao primeiro lugar da parada latina da revista Billboard. Em 1989, obteve repercussão com a música ecológica “Amazônia”, parceria com Erasmo Carlos. Na década de 1990, mais um recorde em nível internacional. Tornou-se, em 1994, o primeiro latino-americano a vender mais discos que os Beatles. Na época, já havia vendido mais de 70 milhões de cópias. No ano seguinte, a nova geração de roqueiros do Brasil fez uma homenagem àquele que consideraram um dos maiores responsáveis pela popularização do rock no Brasil. Com a produção de Roberto Frejat, artistas como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão Vermelho e Skank gravaram seus hits da época da Jovem Guarda.
Morte de Maria Rita e Pausa na carreira
Em 1998, foi descoberto que Maria Rita estava com câncer. Então, ele buscou conciliar a gravação do disco anual e o apoio à mulher, que estava internada em São Paulo. O cantor, que costumava acordar tarde, passou a madrugar, indo ao Rio de Janeiro várias vezes. Com a rotina da gravação afetada, chegou a pensar em não terminar o disco. Acabou lançando “Roberto Carlos 98” com apenas quatro músicas inéditas, entre as quais, “O baile da fazenda”, parceria com Erasmo Carlos, que contou com a participação especial de Dominguinhos. No ano seguinte, devido ao agravamento do estado de saúde de Maria Rita, que veio a falecer em dezembro, deixou de apresentar seu tradicional programa natalino na Rede Globo e não gravou seu disco anual, tendo a sua gravadora, a Sony, optado então por lançar um álbum duplo com seus maiores êxitos, “Os 30 grandes sucessos (vol. I e II)”. A única canção inédita do disco é a religiosa “Todas as Nossas Senhoras”, parceria com Erasmo. Ainda em 1999, foi homenageado pelo cantor Roberto Leal que gravou, inicialmente, de forma independente, e, depois, pela EMI, o CD “Roberto Leal canta Roberto Carlos” que acabaria se tornando um dos mais vendidos da gravadora em todos os tempos. Nesse trabalho, estão presentes suas composições “Os Seus Botões”, “Amada Amante”, “Desabafo”, “Cavalgada”, “A Distância”, “As Flores do Jardim de Nossa Casa”, “Um Grande Amor”, “Proposta”, “Recordações e Mais Nada”, “A Guerra dos Meninos” e “Jesus Cristo”, todas em dupla com Erasmo Carlos.
Volta aos trabalhos
Após um ano de reclusão, retomou suas atividades com a turnê “Amor sem limite”, inaugurada em Recife, em novembro de 2000, para o lançamento do CD, cujo maior destaque foi a música em homenagem a Maria Rita, que deu nome à turnê. No ano seguinte, rompeu com a Sony, ex-CBS, pela qual gravou a maioria dos discos ao longo de sua carreira. Ainda em 2001 completou, em sua casa, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro, 60 anos de idade, recebendo inúmeras homenagens, entre as quais, do jornal carioca O Dia, que publicou uma série de reportagens sobre sua vida e carreira intitulada “Roberto Carlos – 60 anos de emoções”. No mesmo ano, gravou o CD “Acústico MTV”, após meses de adiamentos devido a uma série de questões contratuais entre a TV Globo e a MTV, trazendo antigos sucessos, como “É proibido fumar”, com participação de Samuel Rosa do Skank e “É preciso saber viver”, com participação de Toni Belloto dos Titãs. O disco chegou às lojas com uma tiragem de 1,5 milhão de cópias.
Em 2002 foi lançado o DVD “Acústico MTV”, que, entretanto, acabou de sair de circulação após chegar às lojas devido a problemas contratuais. No mesmo ano, sofreu um processo por parte do maestro Sebastião Braga que o acusou de ter plagiado a melodia de sua composição “Loucuras de amor” em “O careta”, de 1982. Também em 2002, apresentou-se no Rio de Janeiro após três anos, em show no ATL Hall, acompanhado da orquestra de Eduardo Lage. Tornou-se campeão de vendas em três tipos de tecnologias diferentes, discos de vinil, Cds e DVDs. No mesmo ano, apresentou show no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro para um público estimado em 200 mil pessoas, em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar.
No final de 2003, apresentou um show no Maracanãzinho, com bilheteria para 10 mil pessoas antecipadamente esgotada. No show, foram gravadas imagens para seu tradicional programa de fim de ano na TV Globo, ocorrendo também a divulgação de seu novo CD, “Pra sempre”, todo dedicado a Maria Rita, com nove músicas inéditas. Nesse, a única parceria com Erasmo é o blues “Cadillac”. No show, o Rei trouxe ao público diversos sucessos já consagrados, tendo o coro do público como acompanhamento. O repertório passou, entre outros, por “Emoções”, “Como é grande o meu amor por você”, Além do horizonte”, “Parei na contramão” e “Detalhes”, sua preferida, que interpretou somente com o violão. Um dos momentos marcantes do show foi a entrada do “irmão camarada”, Erasmo Carlos, que interpretou em dueto “É preciso saber viver”. O show só contou com 3 canções do novo CD: “O cadillac”, “Acróstico” (cujas primeiras letras dos versos formam a frase “Maria Rita meu amor”) e “Pra sempre”. Ele interpretou “Jesus Cristo” e, como de praxe em seus shows, distribuiu flores para as primeiras fileiras, consagrando a marca de cantor romântico e amado por seu público. ”
Em janeiro de 2004, fez um show solo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, abrindo as comemorações dos 450 anos da cidade. O espetáculo, produzido pela Rede Globo, foi transmitido pela emissora, ao vivo, para todo o país. Nesse show, utilizando o microfone de pedestal dobrável, sua marca inconfundível, Roberto Carlos apresentou emocionado um repertório de canções que marcaram sua carreira naquela cidade. Confirmou seu título de realeza, levando o público ao delírio, passando por “Como é grande o meu amor por você”, de 1967, que foi a mais cantada balada da Jovem Guarda, e “Eu te amo”, gravada recentemente por Marisa Monte. Dedicou à cidade ícones da Jovem Guarda, como “Eu sou terrível” e “O calhambeque”, revisitando “As curvas da estrada de Santos”, “O taxista” e “Caminhoneiro”. O show também incluiu “Força estranha”, que Caetano Veloso compôs especialmente para ele. Ao final, homenageou Maria Rita com “Pra sempre”, canção de seu novo disco, sendo efusivamente aplaudido, não esquecendo a distribuição de flores, tradição que se repete em todos os seus shows.
Show em Jerusalém
Em setembro de 2011, apresentou show para 5 mil pessoas, na cidade de Jerusalém, em Israel. O espetáculo, dirigido por Jayme Monjardim, foi exibido pela TV Rede Globo Internacional para: África, todas as Américas, Ásia, Europa, Oriente Médio e Oceania. Roberto cantou em cinco idiomas: português, inglês, espanhol, italiano e hebraico, sendo efusivamente aplaudido.
O show mostrou um cenário grandioso ao fundo. Imagens mostravam pontos sagrados da Cidade Antiga de Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepúlcro, o Muro das Lamentações e a Mesquita de Al-Aksa. O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, fez uma declaração oficial para “o Rei”. “É uma honra receber tantos brasileiros na cidade sagrada do mundo”, declarou o político antes do início do show, que começou às 20h20 (14h20 no horário de Brasília).
Mais de mil brasileiros viajaram para Israel para assistir o evento. Os brasileiros chegaram em Jerusalém e compraram ingressos, que, em alguns casos, atingiram preço em torno de R$ 10 mil. O repertório mostrou clássicos de sua carreira, começando com “Emoções”. Em seguida, Roberto Carlos cantou: “Além do horizonte”, “Como vai você”, “Como é grande o meu amor por você”, “Detalhes”, “Outra vez”, “Eu sei que vou te amar”, “Mulher pequena”, “Ave Maria”, “Lady Laura”, “Olha”, “Proposta”, “Falando sério”, “Desabafo”, “Eu quero apenas”, “O portão”, “Eu te amo, te amo, te amo”, “A montanha”, “Aquarela do Brasil”, “É preciso saber viver” e “Jesus Cristo”. Roberto ainda dançou e cantou no palco com a jornalista Glória Maria, da Rede Globo e, entoou “Unforgettable”. O Rei ainda foi cantou “Jerusalém de ouro” em hebraico.
Após o show, em entrevista, o prefeito Nir Barkat comentou: “Foi um marco para Israel e Jerusalém. Ele tem uma voz suave, bela, e a nossa cidade se emocionou com a presença da música brasileira, de tantos fãs brasileiros. Foi uma experiência incrível”.
40 anos do especial fim de ano
Em dezembro de 2013, apresentou na TV Globo seu tradicional especial de fim de ano dessa vez comemorando a 40º edição. O especial contou com as participações especiais da cantora Anitta, que interpretou com ele seu sucesso “Show das poderosas; Lulu Santos, Thiago Abravanel e Erasmo Carlos.
Carreira no cinema
Em 2019, o jornal O Globo publicou a seguinte nota a respeito da produção de um longa-metragem com a história do cantor: “Com o roteiro pronto, entrou em fase de pré-produção o filme que vai contar a história de Roberto Carlos, do seu nascimento até o fim da Jovem Guarda, A ideia é começar a rodá-lo no último trimestre e lançá-lo no final de 2020, Antes de fazer carreira nos cinemas, o filme será apresentado em cinco estádios (Maracanã, Allianz Parque e noutros três ainda por definir), Depois da exibição, Roberto se apresentará, numa noite de cerca de quatro horas de atrações. Além do filme, o diretor Breno Silveira será o responsável por uma série, que será exibida via streaming. Serão entre sete e 14 episódios. E neles a vida de Roberto Carlos será contada integralmente”.
Álbuns
(2012) Esse cara sou eu – Sony Music – CD
(2011) Em Jerusalém – Sony Music – CD
(2010) Emoções sertanejas • Sony BMG • CD
(2010) Emoções sertanejas • Sony BMG • DVD
(2009) Elas cantam Roberto Carlos • Sony Music • CD
(2008) Em vivo • Sony BMG • CD
(2008) Em vivo • Sony BMG • DVD
(2008) Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim • Sony BMG • CD
(2006) Duetos • Sony BMG • CD
(2006) Duetos • Sony BMG • DVD
(2005) Pra sempre-Anos 80 • Sony • CD
(2004) Pra sempre • Sony • DVD
(2003) Pra sempre • Sony • CD
(2001) Acústico MTV • Sony
(2000) Amor sem limite • Sony • CD
(1999) Os 30 grandes sucessos • Sony • CD
(1998) Roberto Carlos 98 • Sony • CD
(1997) Roberto Carlos • Sony • CD
(1996) Roberto Carlos • Sony • CD
(1995) Roberto Carlos • Sony • CD
(1994) Roberto Carlos • Sony • CD
(1993) Roberto Carlos • Sony • CD
(1992) Roberto Carlos • CBS • LP
(1991) Roberto Carlos • CBS • LP
(1990) Roberto Carlos • CBS • LP
(1989) Roberto Carlos • CBS • LP
(1988) Roberto Carlos • CBS • LP
(1987) Roberto Carlos • CBS • LP
(1986) Roberto Carlos • CBS • LP
(1985) Roberto Carlos • CBS • LP
(1984) Roberto Carlos • CBS • LP
(1983) Roberto Carlos • CBS • LP
(1982) Roberto Carlos • CBS • LP
(1981) Roberto Carlos • CBS • LP
(1980) Roberto Carlos • CBS • LP
(1979) Roberto Carlos • CBS • LP
(1978) Roberto Carlos • CBS • LP
(1977) Roberto Carlos • CBS • LP
(1976) Roberto Carlos • CBS • LP
(1976) Roberto Carlos San Remo 1968 • CBS • LP
(1975) Roberto Carlos • CBS • LP
(1974) Roberto Carlos • CBS • LP
(1973) Roberto Carlos • CBS • LP
(1972) Roberto Carlos • CBS • LP
(1971) Roberto Carlos • CBS • LP
(1970) Roberto Carlos • CBS • LP
(1969) Roberto Carlos • CBS • LP
(1968) Canzone per te/L’ ultima cosa • CBS • Compacto simples
(1968) Roberto Carlos em ritmo de aventura, vol. II • CBS • Compacto Duplo
(1968) Roberto Carlos • CBS • Compacto Duplo
(1968) Eu te amo, te amo, te amo/Com muito amor e carinho • CBS • Compacto simples
(1968) Roberto Carlos em ritmo de aventura, vol. III • CBS • Compacto Duplo
(1968) O inimitável • CBS • Compacto Duplo
(1968) O inimitável • CBS • LP
(1967) Namoradinha de um amigo meu/Não precisa chorar • CBS • Compacto simples
(1967) Roberto Carlos, vol. II • CBS • Compacto Duplo
(1967) Só vou gostar de quem gosta de mim/Tudo que sonhei • CBS • Compacto simples
(1967) Maria, carnaval e cinzas/Ai que saudade de Amélia • CBS • Compacto simples
(1967) Eu daria a minha vida/Fiquei tão triste • CBS • Compacto simples
(1967) Roberto Carlos em ritmo de aventura • CBS • Compacto Duplo
(1967) Roberto Carlos em ritmo de aventura • CBS • LP
(1966) Esqueça/É papo firme • CBS • Compacto simples
(1966) Jovem guarda, vol. III • CBS • Compacto simples
(1966) Roberto Carlos • CBS • LP
(1966) Roberto Carlos • CBS
(1965) É proibido fumar, vol. III • CBS • Compacto Duplo
(1965) História de um homem mau/Aquele beijo que te dei • CBS • Compacto simples
(1965) Roberto Carlos canta para a juventude • CBS • LP
(1965) Roberto Carlos canta para a juventude • CBS • Compacto Duplo
(1965) Não quero ver você triste/Parei… Olhei • CBS • Compacto simples
(1965) Roberto Carlos canta para a juventude, vol. II • CBS • Compacto Duplo
(1965) Roberto Carlos canta para a juventude, vol. III • CBS • Compacto Duplo
(1965) Jovem guarda • CBS • LP
(1965) Quero que vá tudo pro inferno/Escreva uma carta, meu amor • CBS • Compacto simples
(1965) Jovem guarda • CBS • Compacto Duplo
(1964) Roberto Carlos • CBS • Compacto Duplo
(1964) É proibido fumar/Minha história de amor • CBS • 78
(1964) É proibido fumar • CBS • LP
(1964) É proibido fumar • CBS • Compacto Duplo
(1964) É proibido fumar, vol. II • CBS • Compacto Duplo
(1963) Splish splash/Baby, meu bem • CBS • 78
(1963) Roberto Carlos • CBS • LP
(1963) Roberto Carlos • CBS • Compacto Duplo
(1963) Parei na contramão/Na lua não há • CBS • 78
(1963) Parei na contramão/Relembrando Malena/Na lua não há/Professor do amor • CBS • Compacto Duplo
(1962) Fim de amor/Malena • Colúmbia • 78
(1962) Susie/Triste e abandonado • CBS • 78
(1961) Louco por você • Colúmbia • LP
(1960) Canção do amor nenhum/Brotinho sem juízo • Colúmbia • 78
(1959) João e Maria/Fora do tom • Polydor • 78
Curiosidades
Em 1982, Roberto Carlos já era rei. Foi quando chegou a vender cinco milhões de discos no exterior, que lhe garantiu um Globo de Cristal.
Uma das primeiras polêmicas da carreira de Roberto Carlos foi em 1986, quando a classe artística protestava contra a censura do filme Je vous salue Marie, de Jean-Luc Godard. Na contra-mão do que pautava os intelectuais, Roberto mandou uma carta ao então presidente José Sarney parabenizando-o pela proibição.
Um dos maiores clássicos da música brasileira Como é grande o meu amor por você, Roberto fez para a ex-mulher Nice, que morreu de câncer. Para ela também foram feitas Amada Amante e Sua Estupidez.
As canções Traumas e O Divã falam sobre o acidente que o rei sofreu aos seis anos e quando perdeu uma perna. Em 2013, em meio à polêmica das biografias autorizadas, o rei disse estar preparando a própria biografia onde irá contar a história do acidente que segundo ele, “só ele sabe”.
Maria Rita foi um dos amores do rei que mais emocionaram o país. Roberto diz que nunca amou tanto alguém. Quando Maria Rita descobriu um câncer no útero, Roberto não lançou músicas inéditas e só fez shows religiosos. Um deles na Basílica de Aparecida (SP) reuniu 600.000 pessoas. Maria Rita morreu em 1999.